sentimento de posse

Quando o espírito maligno vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava; então Saul sentia alívio

Estamos indo para os dias finais da Igreja de Jesus, sim aquela que foi edificada e fundada pelo brado da Cruz. Aquela igreja está deixando de existir, em seu lugar surge outra com inúmeras inovações, coisas que gerações passadas jamais imaginariam acontecer, a elitização da igreja e do ministério.

Hoje é muito comum encontrar pastores e líderes com o peito inchado de orgulho, senhores de si. Líderes que possuem uma crença inconteste em suas pretensas qualidades, vivem um destrutivo sentimento de posse.

A diferença é que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo é una, invisível e tem a sua marca Nele Próprio, pois assim disse Paulo: “Ninguém me inquiete, pois eu trago no meu corpo as marcas de Cristo Jesus”.

A Igreja de hoje gosta de ser vista pelos holofotes, ter a apreciação humana, aceita a barganha, mas perde porque deixa de ser ou fazer parte da verdadeira Igreja do Deus Vivo.

Pois bem, sou muito observador, é questão de hábito quando chego num lugar. Mas, prefiro ficar isento de alguns questionamentos, sim porque os tais podem nos trazer consequências.

Porém, o que enseja algumas coisas é que, por mais que sejamos éticos numa visão escriturística, mesmo assim, não nos eximimos de certas coisas que não fogem de nossas críticas. Não me isento de apontar fatos que contradizem a salutar doutrina cristã.

No que tange a questão, penso e questiono, do porque fazem da igreja um meio “elitizado”. Se somos povo e propriedade de Deus, porque alguém olha para um grupo ao invés de olhar numa visão horizontal.

É triste, mas num contexto conservador, presenciamos tais fatos acontecerem de forma desordenada que tem trazido grandes consequências à Igreja, que é o corpo místico de Cristo Jesus.

A Igreja nunca foi e nem será propriedade humana. É claro que não estamos dizendo que ela não possa ou não faça parte da “organização humana”. O que é muito diferente em alguém achar que pode tomar posse e ter o sentimento de propriedade.

Vejo alguns pastores tratando a congregação, o corpo de Cristo com sentimento de posse. Alguns até verbalizam, “a minha igreja”. Nenhum mortal pode se dirigir a noiva de Jesus usando expressão tão baixa como essa.

A Igreja de Jesus lhe pertence, o ministério constituído também, mas há alguns mortais que se acham acima do bem e do mal, se fazendo proprietários da “Vinha de Deus”.

O sentimento de posse de Saul

O que ocorre com certos líderes espirituais? O sentimento de posse é a causa da “síndrome da ganância”. A arrogância leva os homens a se acharem donos daquilo que nunca lhes pertenceu.

Conheci um pastor, ele queria me fazer crê, que era o tal, e que ninguém nunca trabalhou como ele. Ora, dessa forma vivem alguns, com o sentimento de posse da Igreja de Jesus Cristo. Esta mentalidade causa grandes perdas nos ministérios.

Outro fator que tem levado ao sentimento de posse é a elitização da igreja. A simplicidade que há em Jesus Cristo não se vê em nenhum lugar. Criam-se grupos, com o propósito de saber quem canta melhor.

Outros são selecionados para pregar ou ensinar, como se na igreja não houvesse a multiforme Graça de Deus. A igreja se torna uma prisão quando estes conceitos pobres e rudimentares são impostos violentamente.

A síndrome de Saul provoca muitos males dentro da Casa de Deus. Na concepção de alguns pastores e obreiros, Deus só fala se eles pregarem ou ensinarem. Os tais pensam que a congregação só os ouvirá, se outros falarem não serão ouvidos, isso se configura na síndrome de Saul.

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E por fim, com a síndrome da elitização na Casa de Deus há grandes perdas e prejuízos. A igreja não cresce ordenadamente. O resultado são cristãos instáveis, sem firmeza espiritual, que não se firmam ou nunca se firmarão porque enxergam esse tipo de comportamento nalgumas igrejas.

José Roberto de Melo

Pr. José Roberto de Melo é Bacharel em Teologia, Professor, Escritor e Graduado em Direito
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Categories: Vida Crista

Juraci Rocha

Juraci Rocha é o editor do site Filhos de Ezequiel. Os escritos de Juraci Rocha são informativos, envolventes, divertidos e desafiadores. É instrutivo ler seus estudos e conhecer seus pontos de vista práticos e profundos sobre o tecido da fé cristã.

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