Salvação significa efetuar com sucesso a plena libertação de alguém ou de alguma coisa, de perigo iminente. O termo carrega um peso duplo. Salvação significa que alguém precisa ser salvo. O motivo principal da necessidade do homem ser salvo é o seu pecado.
No livro eletrônico sobre Salvação do irmão Hélio de Menezes Silva, de 2002, do site SolaScriptura, ele nos dá sete motivos como causa da perdição do homem:
1 – O homem está desesperadamente doente. Is 1. 6; Mt 9. 12 2 – O homem está debaixo de acusação. Rm 3.10-19 3 – O homem está perdido porque rejeitou a revelação bíblica. Rm 1.19-20 4 – O homem está perdido por desobedecer a sua própria consciência. Rm 2.14-16 5 – O homem está perdido por causa da sua identificação com o mundo. Ef 2. 2
6 – O homem está perdido por causa da sua identificação com Satanás. 2 Co 4. 4 7 – O homem está perdido por causa da sua identificação contra Deus. Jo 3. 36; Ef 2.12
Todos esses são motivos bons e válidos, mas a Bíblia é muito clara a respeito disso, dizendo qual é na verdade o ministério terreno de Cristo e o problema do ser – humano: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Mt 1. 21
O estudo de Romanos capitulo seis nos mostra que o problema do pecado é duplo, pois existem dois tipos de pecados: nas palavras de Paulo existe O Pecado, ou seja, o pecado como lei, ou herança dos nossos primeiros pais: Adão e Eva.
A Lei da Graça suplantou essa antiga lei, a Lei do Pecado. Na Cruz de Cristo o pecado do homem foi justificado no sacrifício eterno e eficaz de Cristo.
Veja bem, que o pecado resolvido é a lei do Pecado que nos fazia pecar. Existe um outro tipo de pecado, que a Bíblia descreve como “os nossos pecados”, a nossa vontade de pecar, o nosso vicio de pecar, o pecado que eu cometo.
A solução do pecado individual, que é o pecado que a pessoa comete tem duas maneiras que precisam andar juntas.
O segredo para não pecar
Romanos capitulo oito nos mostra que o homem precisa estar cheio do Espírito Santo para não pecar. E Pedro diz: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11).
O segredo para não pecar é duplo: precisamos estar cheios do Espírito Santo e precisamos nos abster, quer dizer, precisamos não praticar o pecado. Para não praticar o pecado, preciso estar cheio do Espírito Santo, senão eu não consigo me abster.
A Salvação implica a intervenção de um salvador. Esse salvador precisa necessariamente ter a capacidade e a vontade de salvar. Vamos analisar a cada uma destas particularidades:
1- A capacidade do salvador de salvação
É possível alguém ter o desejo, mas não a capacidade para salvar outra pessoa. Alguém pode ver outro se afogando, mas por não saber nadar, nem pode tentar salvar o outro.
Um piloto de avião pode desmaiar em pleno vôo, com um avião carregado com mais de quatrocentas pessoas, e alguém gostaria de salvar a todos e se salvar, mas ninguém sabe pilotar o avião, a não ser o piloto que desmaiou.
São muitas as situações em que diariamente no mundo inteiro, muitas pessoas gostariam de salvar outras, mas são impedidas por suas próprias limitações. O pecado é o problema numero um do ser – humano.
A problemática ocorre porque alguém deveria resolver o problema da Lei do Pecado e alguém deveria resolver o problema dos pecados individuais.
Na verdade essa é uma obra sobre-humana e só Deus poderia realizá-la. O Sistema Sacrificial já nos acenava que Alguém deveria se sacrificar e ser o sacrifício ao mesmo tempo. O sacrifício teria que ser imaculado, sem pecado algum, senão não seria aceito.
Só em Jesus vemos Alguém sem pecado. Cristo tinha as qualificações santas em ser o sacrifício, mas ele queria ser sacrificado? Cristo queria morrer por outrem e talvez, pela humanidade?
2- A vontade do salvador de salvar
O Salvador teria que ter, obrigatoriamente, a resolução pessoal, de salvar, ninguém poderia obrigá-lo, ele deveria querer assim o fazer. Um dos versículos de que mais gosto da Bíblia e que é totalmente mal interpretado é I João 3. 16. “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos”
Interpretamos esse texto como se Cristo deu a sua “morte” por nós e nós devemos “morrer” por nossos irmãos. Mas é isso mesmo que está escrito?
Antes está escrito que Cristo deu a sua vida por nós e nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos. Morrer por alguém que amamos é razoavelmente fácil, em comparação a dar a sua vida por alguém.
Dar a vida por alguém é estar perto, conversar, compartilhar, ser confidente, saber do outro. Dar a vida pelo filho é andar com ele, acompanhá-lo na jornada do crescimento.
Dar a vida pela esposa é viver a vida com ela. É acompanhar a vida, o viver, o continuar a andar junto.Dar a vida é diferente de morrer. Aliás, é muito diferente.
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A vontade do Salvador Jesus, em salvar o ser – humano sempre foi tão grande, que na verdade ele nasceu para a dar a sua vida por nós. Morrer a morte do sacrifício era uma morte provisória, para que algo glorioso ocorresse: Cristo viveria agora, pós-a-Cruz, perpetuamente por nós, por todo aquele que com Ele quiser viver.
Cristo deu a sua vida por nós e nós devemos dar a nossa vida para os nossos, aos quais amamos. Você já deu um beijo em quem você ama, hoje? Você já deixou claro, hoje, que ama os que você ama?
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