Tente responder esta pergunta em menos de cinco segundos Por que há tantas pessoas infelizes?. Tarefa difícil, não é mesmo?
Também não tenho respostas prontas para este dilema.
Mas façamos assim, vamos tentar elucidar esta questão, abrir a oportunidade de saber um pouco mais de nós mesmos.
Há um descontentamento geral, uma infelicidade sem tamanho visível nas pessoas.
Esta percepção é agudamente visível nas ruas, nos meios de transporte e claro, nas redes sociais.
Difícil é encontrar quem esteja plenamente satisfeito.
Alguns estão infelizes no casamento, outros estão aborrecidos com os filhos, pais e parentes, o que tem gerado conflitos familiares, e consequentemente mais infelicidade.
No ambiente de trabalho não é diferente, é a escaramuça com o colega de trabalho, o ressentimento com o chefe, dificultando muitas vezes o pleno crescimento da empresa.
Pesquisa recente da Durex Global Sex Survey, aponta que 51% dos homens e 56% das mulheres estão infelizes com a vida sexual, ou seja, mais da metade dos brasileiros.
No entanto, são os mais criativos na hora H.
Estou trazendo estes dados aqui, não para afirmar que a felicidade esteja associada ao sexo.
George Orwell, no seu romance 1984, retrata situações de extrema infelicidade.
O protagonista Winston é um funcionário do governo, que morre de inveja do “povão”, que vive numa penúria miserável, mas que tem o afeto e o sexo disponível sempre que precise.
Esta situação revolta Winston, que sofre de uma infelicidade crônica.
Facebook cria ondas de infelicidade
As redes sociais tem o propósito de aproximar amigos e familiares, facilitando o contato, ocorre que o estado emocional das pessoas nas redes sociais costuma impactar o estado emocional dos amigos.
Pesquisadores americanos analisaram bilhões de atualizações de perfis do Facebook, e chegaram a conclusão que posts negativos possuem um efeito dominó na rede.
Inclusive estou escrevendo este artigo por haver notado pessoalmente este “fenômeno”.
Hoje, vi atualizações seguidas de pessoas que reclamavam da sua vida esta sendo “cuidada” por terceiros.
Os cientistas já conheciam o poder emocional fora do ambiente virtual, mas desconhecia esta influência no ambiente virtual.
Tenho umas opiniões do porque desta infelicidade, penso que você irá aprovar meu ponto de vista com ressalvas.
Você que tem mais de 50 anos sabe da dificuldade de preparar um simples cafezinho a coisa de meio século atrás, havia um extenso trabalho, que consistia de moer o grão, ajuntar a lenha no fogão… É, demoravaaaaaa.
Hoje, a tecnologia disponível favorece a vida das pessoas, em poucos minutos temos um cafezinho saboroso. Esta comodidade e conforto estão presentes em todas as áreas da vida.
Tá, mas então você me diz: “O que isto tem a ver com infelicidade”. Pronto! Sua pergunta forneceu-me o gancho que eu precisava para lançar as minhas opiniões.
A pressão do mundo nos deixa infelizes
Nos últimos cinqüenta anos o volume de informações disponíveis aumentou significativamente.
A cada decênio dobra o volume de informações disponíveis por meio de livros, jornais, revistas, televisão, internet e outros meios tecnológicos.
E tudo isto ao alcance da mão, na hora que quisermos.
O resultado disso é que o tempo disponível para leitura e reflexão chegou ao limite, afinal, quem dá conta de processar tanta informação, não é mesmo?
Temos a falsa impressão de que os dias estão mais curtos, até os fatos considerados marcantes, nós temos a impressão de que aconteceram ontem.
Aliado a esta pressão de que é necessário administrar (absorver) tanta informação, tem o estresse cotidiano.
Então o sujeito quer chutar o pau da barraca, mandar tudo pelos ares, porque não aguenta tanta pressão.
Sílvio Brito na composição Pare o mundo que eu quero descer, expõe esta questão de forma eloquente.
Veja o vídeo abaixo, volto logo.
Voltei. Tudo isto gera um vazio e insegurança a respeito do futuro.
Hoje as pessoas estão mais preocupadas em se posicionar bem na sociedade, isto é; importa mais o “Ter”, do que o “Ser”.
A musica do Racionais MCs Mano na porta do bar, nos dá uma visão a respeito disto.
“Disse mais, que seu amigo é dinheiro no bolso. Particularmente para mim não tem problema nenhum, por mim cada um, cada um.
Na lei da selva consumir é necessário. Compre mais, compre mais, supere o seu adversário.”
A falta de reflexão nos deixa infelizes
Esta busca desenfreada de estarmos bem nos deixa sem tempo para reflexão.
Dificilmente separamos um momento para nos encontramos com nosso interior.
É neste momento onde há a possibilidade de vasculharmos nossa vida, nossos sentimentos e ações com o fim de obter respostas satisfatórias para nossas palavras e ações.
Temos de ter um período de renovação.
Vamos envolver Jesus nesta história? Então leia o que ele disse aos seus discípulos: “Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo”? Lucas 9:25
O sentido das palavras de Jesus é que aquele que busca a auto-realização corre o risco de se encontrar vazio. Sim, mas vazio do que? Óbvio que vazio de felicidade.
Acredito que a felicidade é mais um “estado de espírito” do que uma condição propriamente dita.
A falta de Deus nos deixa infelizes
Um estudo realizado pelo Dr. Daniel Kahneman, professor da Universidade de Princeton, confirmou a religiosidade como um dos fatores de bem estar na vida de uma pessoa.
O estudo teve como base uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup, entre os anos de 2008 e 2009, com mais de 450 mil pessoas e publicado na revista cientifica PNAS.
Não estou afirmando que as pessoas sem religião são infelizes, de forma nenhuma.
Dentre os inúmeros estudos conduzidos por pesquisadores a respeito da felicidade, há uma indicação que é os laços mais estreitos com as pessoas que produzem este resultado.
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- Como você compreende a felicidade?
- Você quer viver bem? Então faça sempre o melhor
- Onde está a verdadeira felicidade?
Ser reconhecido e aceito num grupo social faz as pessoas se sentirem bem e felizes.
É claro que a aproximação com Deus traz resultados surpreendentes no quesito felicidade, pois provoca as pessoas a serem melhores a refletirem sobre a vida e no seu convívio com o Divino e o próximo.
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