Hoje vamos trazer algumas informações a respeito da parábola da candeia. A iluminação nas casas judaicas era bem precária.
Assim, quando se perdia algum objeto ou coisa era necessário acender a lamparina e iluminar a toda a casa para procura do objeto perdido, vemos isto na parábola da dracma perdida.
A lâmpada ou lamparina era objeto muito conhecido nos dias de Jesus.
A sua forma era redonda ou oval, mais ou menos achatada, com dois orifícios, um para o pavio que era confeccionado de cânhamo e o outro para abastecimento.
Possuía ainda uma alça para transporte ou simplesmente para colocá-la no velador, um nicho na parede, de onde toda a casa era iluminada.
No Evangelho de Lucas temos duas passagens correlatas a respeito de candeia. Abaixo a primeira, faça a leitura, na sequência voltaremos com a explicação:
“E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.” Lc 8. 16-17
A candeia espiritual
Quando alguém acendia uma lamparina era com o propósito de iluminar, razão porque Jesus afirma que não era prática alguém esconder a lamparina, mas deixá-la visível em local que iluminasse a todo o ambiente.
Temos aqui uma lição prática. Cristo é nossa lamparina, não devemos nos envergonhar do Evangelho, nossa vida deve refletir o Sol da Justiça. Ml 4. 2
Imagine que você se encontra com um grupo de amigos em oração no monte a noite, é prática as pessoas levarem lanternas para iluminar o caminho.
Acontece que aquele que vai à frente vai iluminando o caminho para os demais, o que vem atrás faz a mesma coisa. Pois bem, no plano espiritual, nós somos esta lâmpada que ilumina a vida das pessoas.
O Evangelho tem o poder de trazer para a luz as coisas que estão ocultas, colocando em evidência os fatos. Isto vale para a igreja sadia, que ora, que tem propósito de crescimento sadio.
Pecados e transgressões não ficam encobertos, pois Deus revela e faz saber ao pastor da igreja a situação.
A candeia do corpo
Agora vamos enfocar o segundo relato da candeia no Evangelho de Lucas, a primeira referência é nominada simplesmente “A parábola da candeia.” No segundo relato é nominada “A candeia do corpo”.
“A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo é luminoso, não tendo em trevas parte alguma, todo será luminoso, como quando a candeia te ilumina com o seu resplendor.” Lc 11. 34-36.
Como nosso corpo físico precisa de uma boa visão o homem espiritual também necessita.
A retina, membrana interna do olho é responsável por captar os sinais luminosos, enviando-os ao cérebro, onde serão convertidos em imagens.
O apostolo João declina dois tipos de concupiscência, a da carne e a dos olhos. Por esta razão que Jesus declara que se o olho for simples, o corpo será luminoso.
Paulo escrevendo aos efésios afirma que eles haviam iluminados os olhos do entendimento, razão porque tinham conhecimento da esperança e vocação, conhecendo as riquezas da glória. (Ef 1. 18).
Os termos “candeia e alqueire” representam transmissão de conhecimento.
A candeia era composta de três peças básicas:
1 – O bojo que era mais comumente fabricado de barro ou de alumínio, prata e outros materiais.
2 – Uma corda, fabricada de cânhamo, que era torcida, esta tinha a função de conduzir o óleo combustível até a ponta do pavio que uma vez aceso, produzia a claridade
3 – Uma alça para conduzir a vasilha ou colocá-la no velador.
Nunca falte o óleo sobre a sua cabeça
Vamos aprender agora a aplicação prática para nossas vidas. O bojo das nossas vidas deve ser fabricado com o melhor material.
As lâmpadas de vidro possuíam a possibilidade de acompanhar o consumo do óleo, permitindo a dona de casa abastecer a lâmpada quando houvesse necessidade. Mt 25. 1-13
O ritual levítico estabelecia que o fogo no altar havia de ser aceso diariamente. O sacerdote afastava as cinzas, colocava uma nova lenha e ateava o fogo novamente (Lv 6. 12,13; Is 42. 3).
Assim temos a recomendação de que nunca falte o óleo sobre a nossa cabeça. Ec 9. 8
O pavio era o instrumento que conduzia o óleo até a chama. Quando era necessário apagar a lâmpada, era usado um pano molhado, ou um ramo de plantas, mais comumente o hissopo.
A chama era abafada, isolando um dos três elementos da combustão, o oxigênio. Isto lembra que devemos manter nossa chama acesa, alimentando continuamente a lâmpada com azeite, cuidando para que o pavio não seja apagado.
Um dos ditados populares mais conhecidos é aquele que se refere a uma pessoa chata que é nominada de “mala sem alça”, isto devido à dificuldade de ser carregada.
A vida do cristão tem de haver uma alça chamada “FÉ”, esta o conduz a pátria celestial, deixando-o firme, como vendo o invisível (Hb 11. 1,2 27; 12. 1).
O cristão no velador irradia luz, iluminando o caminho dos perdidos, dando testemunho do Senhor Jesus.
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Finalizando, advertimos que o cristão não deve viver na sombra ou se abrigar na sombra de outros. Ele tem ser a luz que irradia, que ilumina.
Considere que você é um potente farol que está firmado em uma rocha. Sua função é conduzir as embarcações de forma segura no mar escuro e bravio.
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