A questão da “Guardar o Sábado” pelos Adventistas tem se tornado a arma mais poderosa desse grupo religioso.
É aquela velha máxima de que, algo dito sem ser verdade pode se tornar verdadeiro se não houver posições contrárias a tais argumentos.
Dessa forma, ao analisar a Bíblia de acordo com a Exegese Teológica sabemos que os argumentos de que a Igreja tem que guardar o sábado não se sustentam.
E por que não se sustentam os argumentos? Porque olhando numa perspectiva da Dispensação da Lei, logo saberemos discernir o que é verdade ou mentira, o que podemos também definir como engano.
O Adventismo sempre chamou para si a posição de que estão certos em suas posições, sustentando que aqueles que não guardam o “Sábado” estão fora dos planos de Deus.
No entanto, essa religião não se convence de que em nada tem com o povo “Judeu” ou “Israel”, e que pelo fato de não pertencerem a linhagem Judaica não são e nem podem se considerar praticantes do judaísmo.
Seus teólogos são os disseminadores dessa doutrina que em nada tem a ver com o que a Bíblia. São mestres do falso engano.
Usam a Bíblia para fazer suas contraposições as doutrinas bíblicas ortodoxas, pegando textos que em nada quer dizer o que eles insurgem em afirmar fatos que ora, não existem.
Principalmente no que tange a Velha Aliança. Esquecem-se dos textos que Paulo escreveu anulando qualquer posição contrária a àquilo que Jesus Cristo concretizou na Cruz do Calvário.
Qual a função e propósito da Lei?
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Lei) – Rom 7.5 e 6.
Ora, foi pela Lei que nos veio o conhecimento do pecado, e por meio de Jesus Cristo a força do pecado foi anulada na Cruz. Logo tudo aquilo que nos condenávamos diante de Deus foi destruído.
Não dependemos da Lei ou de Guardar o Sábado como condição imposta aos judeus.
Vejamos o que nos afirmam os textos citados ou escritos por Paulo: Tit 2.11; Fe 2.8-9; Rom 8.1-3; Col 2.14-15; e 16.
O Papel da Lei: “De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio (Lei). A Lei nos serviu como um educador, de modo que nos conduzíssemos a Jesus Cristo”- Gal 3.24-26. A Justiça de Deus anulou qualquer ato condenatório (Rom 5.1-2).
Qual era nossa condição antes de Cristo?
A Justificação, não nos torna aptos diante de Deus? É evidente que sim, por isso que a salvação se resume na condição de como devemos viver para Deus.
Pois o “Ato da Justificação” nos garante ou nos condiciona a termos uma verdadeira “Paz com Deus”, sem isso jamais poderíamos nos sentir justificados (Rom 5.1-3).
Todos éramos réus sentados num “Tribunal” sem termos a garantia se iriamos ou não ser “Absolvidos”. Então, foi quando Deus entrou em ação. Ele nos livrou de sermos condenados a perdição eterna, e isso por meio de JESUS CRISTO – a condição era: “Inimigos de Deus”(Ef 2.1-5).
Cristo se colocou como Advogado, (fez a mediação; a reconciliação). ELE Cristo, unem as partes em litígios selando a Verdadeira “Paz com DEUS” mediante a cruz de Cristo (Col 2.14).
Os três aspectos da salvação
A doutrina da salvação trás em si uma forma da qual podemos nos inteirar de tudo aquilo que Deus através de Jesus Cristo nos outorgou.
E por esta razão, não é como alguém pensa que depende de esforços humanos. É um ato exclusivo do Onipotente.
Portanto, não há de se falar em condições humanas neste negócio, pois tudo isso depende do Senhor que quis salvar os homens de seus pecados.
Portanto, vamos estudar dentro de uma linha lógica os três aspectos da Salvação, ou seja, “Soteria”:
1- A Justificação: “Como se justifica o homem para com Deus”? Jó 9.2.
O Homem morto em seus delitos e pecados, não tinha como se justificar diante de Deus. No entanto, mediante a morte expiatória de Jesus Cristo, tornou-se possível a justificação do transgressor.
E como é possível isso? Justificado é um “Termo Judicial” que lembra um “Tribunal” Gr. Bema, Onde Deus como Supremo Juiz absolve o pecador de suas transgressões e o declara justo, ou seja, “Justificado”.
Desta forma, Deus, o ofendido, (Ef 2.1-5), reconcilia-se com o homem, o ofensor (Rom 5.1-2).
É crível que, o que o homem não pode fazer, Deus por meio de Jesus Cristo o fez. Reconciliando, fazendo a paz pelo sangue derramado na Cruz (Col 2.14).
O Termo justificado, quer dizer: “Absolvido”, “justo”, sem nenhuma culpa.
2- A Regeneração: II Cor 5.17 “Se alguém está em Cristo é nova criatura”
O aspecto da regeneração vem pela lavagem da Palavra pelo Espírito Santo. É um ato Exclusivo de Deus na vida do pecador.
Trata-se de uma mudança de condição, antes, o homem no pecado, era inimigo do Onipotente e servo do Diabo.
Agora feito justo, pela justiça de Jesus Cristo que lhe foi concedida, ele se torna membro da família de Deus (Jo 1.11-12).
O homem morto em seus delitos e pecados nasce de novo (Ef 2.1).
No original grego, este termo “vivificou” significa, tornou a dá vida novamente, ou seja, assim como em Adão o homem morreu, através de Cristo o segundo Adão, todos os homens foram “vivificados” (II Cor 5.17).
3- A Santificação: Jo 17.17.
A santificação é um processo que acontece na vida do cristão.
Após a sua conversão a Cristo Jesus, a sua vida passa ser exclusiva do Senhor Deus. É progressiva com a salvação, ou seja, ninguém é tão santo que não possa se santificar.
Uma vez restaurado à comunhão, ou Gr. Koinonia, o homem abandona o pecado ou a prática pecaminosa e passa a viver uma vida plena diante de Jesus Cristo.
O termo santificação enseja em separar-se ou santificar-se para viver em plenitude espiritual diante do Altissímo.
Esse processo se coaduna de forma exterior, ou aquilo que expressamos de forma intensa diante do mundo, pois assim disse Jesus Cristo: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a Vosso Pai (DEUS) que está nos céus”.
Portanto, não é crível que alguém desprezando a Palavra do Eterno, use dizer ou achar que pode ajudar Deus, com subterfúgios da Velha Lei ou afirmando que se deve “Guardar o Sábado”.
Pois isso jamais se sustenta após o advento de Jesus Cristo o Senhor da história, que mediante o seu sangue nos Justificou, Regenerou, e Santificou (II Co 5.17;Rom 8.1-3).
A Igreja de Cristo livre do jugo
Na dispensação da “Graça” a Igreja está livre desse jugo. Não estamos mais debaixo do pecado.
Cristo anulou a cédula de dívidas que eram contra nós, e anulou a maldição lá na Cruz.
Acreditar na Velha aliança e suas ordenanças é viver sob o escrutínio do vitupério.
Quem assim age anula aquilo que Jesus Cristo fez por todos os homens– Heb 9.11-15.
A Guarda do sábado não é para um cristão salvo e convicto diante de Deus, é assim que a Bíblia diz.
O contrário disso são apenas doutrinas falsas de homens que estão afastados dos conceitos de Jesus Cristo, o Senhor!
A ordenança foi outorgada a Israel (judeus) na Velha Aliança. Portanto, aqueles que insistem na “Guarda do Sábado” precisam se converter a Deus crendo verdadeiramente no sacrifício de Jesus Cristo.
Não em doutrinas de homens ou filosofias ilusórias que manipulam os textos sagrados para satisfazerem os desejos de forma proposital as sua conveniências teológicas anticristãs!
12 razões para não guardar o sábado
1- Porque não sou judeu. O sábado é um velho concerto dado somente aos judeus, somente aos filhos de Israel “Considerai que o SENHOR vos deu o sábado; por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. “Assim descansou o povo no sétimo dia”(Ex 16.29-30); b)
“Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão… “Lembra-te do Dia de Sábado, para o santificar.” (Ex 20.2,8). c) “Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibas que eu sou o SENHOR quer vos santifica.” (Ex31.13-17);
2- Porque dos Dez Mandamentos, é o único incluído entre as festas cerimoniais solenes, que cessaram ao ter o seu cumprimento em Cristo.
“Disse o SENHOR a Moisés: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis serão santas convocações, são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis. É sábado do SENHOR em todas as vossas moradas.” (Lv 23.1-3);
3- Porque os dez mandamentos diz respeito a memória dos 430 anos que Israel ficou sob o jugo do Egito. “Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR teu Deus. “…porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão poderosa, e braço estendido: pelo que o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado.” (Dt 5.12,15).
4- Porque foi um sinal entre Deus e o seu povo no Egito. “Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica.” (Ez 20 10, 12)
5- Porque não estamos em Jerusalém: No sábado não se deve carregar carga, nem introduzi-las pelas portas de Jerusalém, mas os gentios em suas terras estão isentos disso: “Assim diz o Senhor: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis carga no dia de sábado, nem as introduzirás pelas portas de Jerusalém” (Jr 17.21; Ne 13.16, 19,20).
6- Porque pertence ao Torá (Livro dos judeus). “Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” (Sl 147.19, 20).
7- Porque nele não poderiam trabalhar: “Trabalhareis seis dias, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso solene ao SENHOR; quem nele trabalhar, morrerá.” (Êx 31.15; 35.1-2).
8- Porque se o guardasse seria condenado à morte se nele trabalhasse: “Trabalhareis seis dias, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso solene ao SENHOR; quem nele trabalhar,morrerá.” (Êx 31.15; 35.1-2)
9- Por causa do culto hipócrita. Os sábados já foram abomináveis ao Senhor: “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene.” (Is 1.13) Comp. Êx 31.13
10- Porque na Antiga Aliança já havia sido predito o seu fim: “Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades” – Os 2.11 Comp. Ez 20.10-13
11- Porque Deus anteriormente o havia entregue ao esquecimento: “E arrancou a sua cabana com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o seu lugar de assembleia. O Senhor entregou ao esquecimento em Sião a assembleia solene e o sábado; e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.” (Lm 2.6).
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12- Porque era uma sombra de Cristo e se cumpriu nEle: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, “porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haveriam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Cl 2.16,17 Conf. Lv23.2-4; Também Hb 10.1)
José Roberto de Melo
Pr. José Roberto de Melo é Bacharel em Teologia, Advogado, Professor, Escritor e Graduado em Direito. |
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