Este estudo vai debater o papel do Espírito Santo no Novo Testamento.
Dentre os temas propostos, vamos explicar porque a religiosidade do Antigo Testamento era superficial e incapaz de gerar salvação.
A seguir, vamos mostrar os 3 níveis de salvação, abordando ligeiramente O Sistema Sacrificial e a mudança de natureza gerada pelo Espírito Santo na vida do crente em Jesus.
Recomendo ler vivamente cada tópico. 😉
É interessante que Davi viu no Salmo 50.7-15 a necessidade de mudança da religiosidade do Antigo Testamento.
Davi teve um um vislumbre, uma percepção do Novo Testamento.
O salmista também entendeu a premissa de Eclesiastes 7.14 que fala sobre os dias bons e maus, que Deus nos dá, para que não saibamos do nosso futuro.
O futuro é para ser uma incógnita ao homem, por algum mistério de Deus.
Davi fez um Salmo, que era um hino, ou uma poesia cantada.
Nesse Salmo Davi empresta a sua caneta, como se fosse para Deus e escreve de forma profética, como se Deus estivesse falando com o seu povo, mais ou menos nos seguintes termos:
“Será que eu Deus, tenho necessidade de sangue de animais, estou eu agora com fome? Não são todos os animais meus. Não fui eu quem criou todos os animais que existem? Se eu estivesse com fome, eu diria pra você?”
A religiosidade no Antigo Testamento
Essa fala, de Davi, denuncia, não só o pensamento de Deus, mas também o pensamento da nação.
Não é possível que o sangue de touros e bodes resolvam o problema do pecado humano. Há algum problema.
A religiosidade praticada no Antigo Testamento estava sobre juízo.
Deus responde em Jeremias 31.31-34 às indagações de Davi. A Lei que era externa, do lado de fora das pessoas, não está resolvendo.
A fala de Jeremias é reafirmada e melhorada em Hebreus 8.10. Deus colocaria agora a sua lei nos corações e nas mentes dos homens.
A lei seria interna e não mais externa.
A lei do lado de fora é religiosidade, religião, cumprimento de coisas que se fazem ou se deixam de fazer.
Na eternidade passada, antes da criação de tudo, houve um diálogo entre a Trindade.
Deus Pai avisa que vai criar o Sistema Sacrificial. Jesus pergunta como se vai processar isso? Deus explica então os Três níveis de salvação.
Três níveis de salvação
Deus é o primeiro nível, ou está agindo no primeiro nível. Deus cria a Lei do Antigo Testamento, que é baseada numa solução parcial do pecado, pois o pecado é algo tão grave que exige a morte.
Como se diz em algum lugar: A alma que pecar essa morrerá.
Deus fala então à Trindade:
– Eu vou fazer de tal forma simples, para que os homens entendam, o que vou chamar de Três níveis de salvação. O primeiro nível, sou eu mesmo, Deus Pai.
No período em que vou diretamente operar no mundo, eu vou trazer a Lei, que dará condições mínimas para Israel poder fazer o que veio à existência, que é gerar um filho, o meu Filho.
Vou ainda ensiná-los sobre o Sistema Sacrificial, vou levantar sacerdotes.
– O segundo nível da salvação, ou operação da Trindade diretamente intervindo no mundo será Jesus.
Jesus durante um período descerá à Terra e conviverá com os homens. O auge do seu ministério será a Cruz, onde Jesus será o sacrifício perfeito.
– Por fim, virá o período do Espírito Santo, que conviverá com os homens até o fim dos tempos.
Então Jesus pergunta:
– E como vai se processar o Sistema Sacrificial?
– O homem que vamos criar vai pecar, e o pecado é tão grave que merece a morte, se Eu não fizer nada – disse Deus – então vou dar a Israel, o Sistema Sacrificial, que lhes dará condições minímas de santidade para que Jesus possa nascer e exercer o seu ministério.
O Sistema Sacrificial
O Sistema Sacrificial vai funcionar assim: O homem que pecar vai trazer um animal inocente até o sacerdote no Tabernáculo e colocará a sua mão na cabeça do animal.
Esta ação teoricamente fará o seu pecado passar até o animal, que será morto em sacrifício no altar, no lugar do homem pecador.
É a vez Espírito Santo perguntar:
– E como vou agir na época em que serei eu operando no mundo?
– Bom, alguém vai ter que fazer o serviço mais dificil.
Você, devido a ser Espírito, vai entrar nas trevas do homem e a partir de dentro, olhando nos olhos as trevas e os pecados mais sujos e escondidos dos homens, vai transformá-los.
Você estará se apresentando, ou deixando-o te perceber, justamente no momento de pecado.
Na hora em que a pessoa estiver no hotel, você encosta perto dele, ou dela e o deixa saber que você está ali, querendo ajudar.
Quando a pessoa for usar drogas, ou pensar em roubar, você chega no momento mais negro das trevas e ilumina.
Mudança de natureza
A sua obra será transformar gato em cachorro. O que é um gato? Um animal felino, caseiro, que alguns homens gostam de criar.
Imagine você tentar mudar um gato, que age como um gato, em um cachorro.
A principio você poderia pensar em colocar uma máscara de cachorro no gato, mas ainda assim ele seria um gato, não é?
Isso acontece quando as pessoas não convertidas imaginam que segundo a religião, “o faça isso, não faça aquilo”, resolve o problema interno do pecado do homem. Não resolve.
Bom, você poderia então colocar um pele de cachorro no gato, mas ainda assim ele seria um gato, com pele de cachorro.
Mas o seu desejo é mudar a natureza felina do seu gato em natureza canina.
Para o homem será impossível, mas essa é a obra do Espírito Santo, mudar a natureza do homem pecador, em um homem santo.
O Espírito vai entrar nas mais densas trevas humanas, no pior momento do pecado e dizer ao homem e à mulher, que não está bom do jeito que está então precisa mudar.
O homem terá o livre-arbítrio para responder o chamado afirmativamente, ou negativamente.
O homem poderá sentir o toque do Espírito o convidando a fazer parte de uma Igreja.
Poderá olhar para todas as Igrejas da Terra e dizer que não vê Deus em lugar algum, o que é mentira, pois alguma Igreja será salva.
O batismo com o Espírito Santo
O batismo com o Espírito Santo inaugurará este novo tempo. Um batismo é o rito inicial de alguma coisa.
Israel foi batizado no deserto ao passar pelo mar vermelho. A partir de então Deus gerava em Israel condições de ser uma nação.
Elias bateu a sua capa para passar o rio Jordão, que se abriu, para ele poder ser arrebatado ao céu.
Na volta Eliseu bateu a sua capa no mesmo rio, para iniciar o seu ministério.
Jesus foi batizado por João Batista e desde então iniciou o seu ministério. Batismo é inicio de ministério.
Em Pentecostes o Espírito Santo desceu de forma inaugural sobre a Igreja.
O evangelista Lucas nos diz que os discípulos estavam numa sala fechada orando e um vento foi sentido ali, assim como um brilho, como fogo na cabeça dos homens e mulheres foi visto e passaram a falar em outras línguas.
O simbolismo do Pentecostes
Há dois simbolismos aqui. O vento fala da entrada da Eternidade, que é Deus, no mundo terreno. E o fogo fala de duas coisas: juízo e purificação.
Quando Jesus foi batizado viu-se o Espírito Santo descendo sobre Jesus em forma corpórea de uma pomba, que é um símbolo universal de paz.
Isso significa que o Espírito em Jesus, conviveria com ele em perfeita paz. Jesus era o Filho Perfeito.
Mas o símbolo do Espírito no homem era fogo, que fala de juízo e de santidade.
O que dá-nos a entender que o Espírito no homem estará em guerra constante com a carne, a velha natureza humana.
O homem estará sempre entre o juízo, a condenação próxima e iminente e a santidade, a salvação, o Céu.
O Espírito no homem será para ele condenação, se esse pecar, ou não aceitar a obra do Espírito nele, ou será salvação e vida, se agir afirmativamente ao chamado.
O homem oscila entre o pecado e a salvação, enquanto estiver nessa Terra, nesse corpo imperfeito. (Gálatas 5.17)
O Antigo Testamento é a sombra do Novo
A maioria das nossas mensagens a respeito dos Espírito Santo, tem uma falha enorme.
Elas chegam até o Pentecostes e falam dele, mas se perguntarmos aos irmãos o que eles sabem da obra do Espírito Santo a partir do Pentecostes, notaremos que não sabem muito.
Essa falha é devido ao amplo estudo do Antigo Testamento, que é mais fácil, em detrimento da Igreja se aprofundar no Novo Testamento.
Nós sabemos que o Antigo Testamento é a sombra do Novo e que as Leis dadas ao povo de Israel, apesar de serem boas, não era o melhor que Deus tem para o seu povo.
A Lei é do lado de fora, portanto religião, faça ou não faça. O Novo Testamento ensina sobre o Espírito dentro de nós e o que isso compete.
Capacitações do Espírito Santo
A princípio nós vemos quatro coisas a respeito do Espírito Santo a partir do Pentecostes.
São três as capacitações geradas pelo Espírito em nós. Em Gálatas enxergamos os Frutos do Espírito gerados em nós, ou capacidades para combater o pecado em nós.
Os frutos são diretamente opostos ao pecado. Se existe um pecado, o Espírito Santo vai gerar um fruto para combater esse mesmo pecado.
Em 1 Coríntios 12 temos Os Dons de Poder. Dons que ajudarão a exercer o ministério individual, com vistas a fazer uma Igreja forte.
Depois no mesmo capítulo, Os Dons do Ministério, que são as capacitações para exercer os cargos na Igreja.
E por último, no mesmo capítulo de 1 Coríntios 12, temos descrito O Corpo de Cristo.
O corpo de Cristo
Em 1 Corintios 12 lemos sobre o Corpo de Cristo, onde narra que um membro da Igreja é descrito como mão e o outro como pé.
A mão necessita do pé, assim como os membros necessitam uns dos outros. O Corpo de Cristo é a Igreja.
A grande questão é quando foi iniciado, ou gerado o Corpo de Cristo?
Efésios 1 nos fala que Jesus subiu ao céu, após a sua obra terminada na Terra e recebeu o título do Nome acima de todo nome.
E que ele é a cabeça da Igreja que é o seu corpo, e seus pés estão acima de todas as coisas, o que quer dizer o Inferno e os poderes desse mundo.
Quando a Igreja peca, essa mesmo corpo fica desconfigurado.
Fica assim: A cabeça, junto dos pés, que pisam o poderes do Inferno ou do mundo e depois disso, lá embaixo, vem a Igreja.
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A Igreja quando peca não é mais submissa à voz de Cristo e não estando em Jesus, não está pisando o Inferno ou as forças que agem no mundo.
O pecado lança a Igreja para debaixo dos poderes tenebrosos desse mundo, que tem agora condições de nos combater.
O pecado original desconectou o homem de Deus.
Todo o trabalho até aqui, de Deus dando a Lei do Antigo Testamento, de Jesus morrendo na Cruz e do Espírito Santo em nós, serve para reconectar o homem de volta do lugar onde nem deveria ter saído. (Efésios 2.12-18)
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