Creio que você já deve ter assistido ao filme Edward mãos de tesoura do diretor Tim Burton. A película conta a história de um rapaz, magistralmente interpretado por Johnny Depp, que foi criado por um inventor. 

No momento da criação provisoriamente ele coloca lâminas afiadas semelhantes a tesouras no lugar das mãos, com a intenção de substituí-las mais tarde. Ocorre que neste ínterim o inventor morre, e Edward permanece com as mãos de tesoura.

Reflexão sobre indiferença

Este filme leva o telespectador à reflexão sobre a indiferença e compreensão dos limites sociais, da rejeição para o indiferente. A figura estranha de Edward provocava afastamentos apesar de o rapaz ter um bom caráter.

Você acredita que há crentes com mãos de tesoura, que em lugar dos dedos costumeiros, carregam lâminas afiadas e perfurantes, cujas línguas destilam veneno mortal?

Claro, talvez esteja até com uma vontade imensa de apontar alguma experiência negativa que tenha vivido, mas antes de prosseguirmos, vamos ler uma recomendação do apostolo Paulo aos Filipenses 2. 1-4

“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo. Tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.”

Que dura reprimenda! Os filipenses estavam divididos e inchados de orgulho. Cada um buscava o seu próprio interesse, esquecendo-se que todos estavam irmanados em Cristo, julgando-se superiores ao próximo.

Lâminas para ferir

Há cristãos que no lugar dos dedos para acariciar, para abençoar, tem lâminas para ferir, para apontar, para acusar o seu semelhante. Ainda não foram gerados em Cristo. Gl 4. 19

Cristãos que pelo tempo de vida no Evangelho, deveriam ser mestres, mas que são crianças mimadas, inseguras, que nunca crescem, nunca chegando ao conhecimento da verdade, aprendendo sempre, mas nunca guardando nada. (Hb 5. 12). O apostolo Paulo os classifica de “meninos”.

Cristãos que fazem conserto com o Excelentíssimo, de servi-lo, que são vistos como abençoados.

Gostaria muito que você lesse o livro de Oséias, que o analisassem minuciosamente, presenciando o perfil de muitos cristãos que hoje estão na Casa do Magnífico, mas que são duros de coração.

Que marcam um encontro com Ele, mas que, no entanto, se apresentam com o mesmo ritual, com a mesma desfaçatez, com a mesma frieza. Esqueceram-se do primeiro amor (Ap 2. 4).

Deus Pai sente enormes saudades dos primeiros dias da nossa fé, do amor que manifestávamos. O Senhor sente saudades dos tempos que nosso coração estava com Ele. Jr 2. 2

Edward mãos de tesoura, figura de sofredores

Edward mãos de tesoura
Cena do filme Edward mãos de tesoura, por Jhonny Depp

Há um número enorme de cristãos sofredores, rejeitados e doentes espiritualmente. Outros estão decepcionados com Deus, lâminas de amargura laceram seu espirito. 

É fácil contar a história do Filho pródigo, acusá-lo de dissipar os bens do Pai, mas o que havia ficado em casa, também era pródigo. Nunca havia abandonado a casa do Pai, mas não sabia o que era o perdão, ignorava a reconciliação, desconhecia a graça e misericórdia do Excelente.

Soberbo ao extremo dirige-se de forma desrespeitosa ao progenitor declarando e tentando anular a filiação do arrependido ao se referir ao irmão contrito como “Este teu filho”.

Paulo compara a Igreja a uma Grande Casa, lembrando que na mesma há toda sorte de vasos, feitos de diferentes tipos de materiais e finalidades. (2 Tm 2. 20).

Tem gente que com suas atitudes tem se tornado vaso para desonra. Nos dias de Paulo não havia saneamento básico da forma como a conhecemos hoje, numa casa havia vasos para colocar mantimentos, vasos para guardar objetos preciosos e também os vasos que tinham a função de “penico”.

As pessoas pobres se dirigiam a um local de uso comum para descarte das impurezas, os ricos pagavam a pessoas que eram chamadas de “Derramadores” cumprirem esta função. (Jr 48. 12). Há uma urgência em descer a Casa do Oleiro. Jr 18. 4

É necessário que ele cresça e eu diminua

Será que é tão difícil considerar os outros superiores a nós mesmos? O medo da critica e da insegurança, tem nos levado a ver o nosso irmão como oponente. Falta-nos o sentimento de unidade. Há pastores e obreiros enciumados e ranzinzas.

Se der oportunidade para Fulano ou Sicrano pregarem, uma indignação o assalta, quer tratamento igual ou até uma deferência maior.

Ele fecha o coração para a Palavra de Deus que está sendo ministrada porque não é ele que está pregando. E assim vai se ferindo com suas mãos de tesoura, vai retalhando outros com suas criticas destrutivas.

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É tão difícil ouvir um elogio de um pastor feito a outro! Deus quer curar as pessoas emocionalmente. É importante que as pessoas compreendam e aceitem que traumas e angústias são zerados com a manifestação do amor.

O Senhor quer atraí as pessoas com cordas humanas quer usar a você irmão para confortar o seu amigo e consorte no Senhor, que congrega na mesma igreja, que compartilha do mesmo ministério, tendo a mesma esperança em Deus.

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Categories: Autoajuda

Juraci Rocha

Juraci Rocha é o editor do site Filhos de Ezequiel. Os escritos de Juraci Rocha são informativos, envolventes, divertidos e desafiadores. É instrutivo ler seus estudos e conhecer seus pontos de vista práticos e profundos sobre o tecido da fé cristã.

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Edward Maos de Tesoura, figura do cristão sofredor

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