Colocamo-lo de castigo, de cabeça para baixo, brigamos e falamos que vamos embora se ele não agir. “Você é deus e tem a obrigação de me ajudar!”. Um deus que tem uma obrigação de ouvir e responder.
Uma das maiores dificuldades que existe como cristão é não criar um deus particular. Estamos vivendo um tempo tão difícil como disse Paulo em 2 Tm 3. 1 que estamos pegando um deus e moldando-o aos nossos gostos e prazeres. Obrigamos esse deus a fazer o que queremos.
Um deus que se não fizer nada irá mostrar a sua fraqueza. Esse é o deus que o homem criou, inventou, fez para si. Um deus pequeno e que se submete aos desejos mais sujos e pequenos do homem. E o pior que estamos gostando disso, gostando de dar ordem a esse deus.
O Deus de Israel se recusa a ser um deus particular de quem quer que seja. Ao longo da narrativa bíblica encontramos inúmeras referências a “aqui estão teus deuses”. Quem busca um deus particular busca conforto físico, conveniência e interesses (Ex 32. 8; 1 Rs 12. 28). Busca facilidades no reino de Deus.
Israel queria um deus particular
Afinal não era por buscar facilidades e conforto que o povo de Israel murmurava contra o Altíssimo no deserto? O deus ideal para aquela geração incrédula era um deus sem voz, sem audição, sem tato ou qualquer outro sentido. Por ser desprovido de interação cada um subjetivamente criava o seu deus, conforme suas conveniências e circunstâncias.
Os profetas de Baal adoravam um deus particular. Elias adorava e servia ao Deus único, Criador do Universo e mantenedor de todas as coisas, sejam elas visíveis ou invisíveis. Cl 1. 15,16. O resultado foi o triunfo da pluralidade sobre a nulidade. (1 Rs 18).
Quem vive a sombra de um deus particular, vive miseravelmente afastado das mais grandiosas e eloquentes manifestações de Graça do Deus de Israel.
Mas, quando olhamos para O Deus de Elias, vemos o Deus verdadeiro. Passamos a ter o mesmo sentimento do profeta Isaías no Cap. 6, o quão pecador e errado era e o quanto precisava dEle para se concertar.
Quando nos encontramos com o Deus de Abel, Enoque , de João, de Marcos e outros heróis da fé (Hb. 11), vemos as nossas mazelas e pecados expostos e sentimos miseravelmente o quão pequeno somos.
Caímos de joelhos como fez Paulo no caminho de Damasco (Atos 9), somos levado a obediência extrema como foi Abraão (Gn 22). Diante de Deus é impossível se achar grande e forte, pois diante dele somos mais que miseráveis. Diante Dele tudo se dobra, se curva, caí porque Ele É. Como esta escrito “operando Eu quem impedirá? Is 43. 13
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Voltemos ao arrependimento, arrependimento do que somos e fazemos, arrependimentos das mentiras e erros. E claro, se arrepender do que nos tornamos para sermos sarados pelo Pai (2 Cr 7. 14).
Fiquemos debaixo da Sua vontade soberana que sempre será boa, agradável e perfeita conforme Rm 12. 2. Que possamos nos desfazer dessa imagem do deus particular criado por nós e vivermos O Deus criador e Salvador.
Pr. Rogério Maciel
Rogério Maciel é líder da Comunidade Evangélica Kairós.
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