Dízimo é uma ordenança bíblica presente em muitos livros bíblicos, mas com força intensa no capitulo 3 do profeta Malaquias.
A principio dízimo não era dinheiro, pois na época em que a contribuição decimal foi instituída não existia sistema monetário como o conhecemos hoje.
O sistema ainda era o de escambo, de qualquer jeito receber em dinheiro também é uma espécie de troca.
A seguir vamos tentar esclarecer esta questão com respostas as mais claras possíveis, com perguntas e respostas sobre dízimo.
1- O dízimo é 10% de toda a sua renda
Eu trabalho numa empresa onde há muitos crentes, muitos deles são dizimistas e tem muitas dúvidas sobre o assunto. Mas vamos esclarecer eventuais incertezas. Prossigamos.
O camarada recebe R$ 2.000,00. Portanto, o seu dízimo deve ser de R$ 200,00 certo? Mas existem muitos que pediram adiantamento de salário (vale) e outros descontos mensais previstos em Holerite.
No final o que chega no bolso do camarada é mais ou menos R$ 700,00 liquido. Então, o cara entrega o dízimo em cima do salário liquido, do que realmente ele vê de dinheiro. Entendeu?
O seu salario é o que vem no holerite, sem desconto. Portanto, o seu dízimo deve ser em cima do seu pagamento integral.
Dar algo abaixo de um décimo, não é dízimo. Então, sendo assim, tem um monte de gente boa, que se esforça em dar todo o mês um valor que não é o dizimo. Seguramente ele acredita que está cumprindo com a ordenança bíblica, mas não está.
2 – Dou o dízimo e não sou próspero
Estes questionamentos abaixo são muito comuns, vamos nos debruçar sobre isto.
Dou o dízimo e não estou sendo prospero, aliás está faltando tudo. Deus não recebe a minha contribuição? Deus não funciona? A Palavra de Deus não funciona?
Acaso, prestarmos atenção nas questões já tratadas, podemos entender a situação de muita gente. Um universo plural.
Esse é um grande problema, as pessoas se iludem, dessa forma, acontece um sabotamento de si para si. O resultado é a reclamação com Deus sobre os seus ganhos não serem abençoados.
Só que ela não está dizimando, está dando um valor menor que o décimo e que não é dízimo. Portanto não vale como dízimo. É lógico que a Igreja recebe de bom grado. Qualquer valor abençoa a Igreja, só não abençoa você que faz isso de maneira errada.
3 – O dízimo e a família
Eu ensinei a minha família que o dinheiro que entra em casa não é meu e nem da esposa, mas é de todos nós. O meu pagamento é meu, da esposa e das duas filhas. O pagamento da esposa é dela, é meu e das duas filhas.
Todo dinheiro que entra em casa é de todos nós como núcleo familiar.
Fazemos planilhas e conversamos sobre as nossas despesas. Existe sempre um planilha atualizada sobre as contas, aberta a todos da minha família, onde até a menina menor já opinou.
As contas são claras. Todos nós, havendo a possibilidade – algumas vezes não dá – temos um valor nosso que é pessoal, ao qual não damos conta a ninguém.
Mas entendo que existem famílias em que o dinheiro de cada um é de cada um. O marido paga, por exemplo, o aluguel, a água e o carro. A esposa paga a luz, as compras e a perua escolar.
Tenho que dar a contribuição de alguma renda extra, um bico por exemplo? Dízimo é 10% de toda a tua renda. Quem é mais família, como eu, tudo o que entra em casa, instruo a dar o dízimo.
Se a esposa vender algum dos seus perfumes, sabonetes e outros; e se eu conseguir arrumar, ou vender algum micro naquele mês, então o que entra deve ser calculado e dado o dízimo também. Bico também é renda.
4 – Santifique a sua renda
Esse é um ponto importantíssimo sobre a ordenança decimal. Dar o dízimo é uma consagração que fazemos a Deus, a respeito das nossas finanças, do nosso emprego, dos nossos negócios.
Vamos à Igreja e santificamos a nossa renda, devolvendo a Deus à sua parte. Assim agimos por ordenança divina.
O pecado consciente e determinado, anula a bênção de Deus. Mas, diga-se logo aqui, que o pecado que está ocorrendo e comendo a sua renda, pode ser uma estratégia maligna para você não dar o décimo.
Pode ser que esse pecado seja o devorador e se for, só sai você dando o dízimo mesmo. Isto é, na duvida, dizime. Se houverem pecados ou devoradores, como diz em Malaquias, deixe Deus cuidar dessa área.
A Bíblia fala que existem demônios soltos no mundo perseguindo o ser humano. Não se preocupe com isso, deixe Deus se preocupar. Busque a Deus, vá à Igreja, faça a sua parte, que Deus garante a dEle.
5 – Devo dar o dízimo da minha despensa?
Eu já fui questionado à respeito do assunto. Se você dá o dízimo da sua renda, corretamente, e depois vai ao mercado, então a sua compra já está abençoada, não é mesmo?
Não é necessário então dar o dízimo do que já está dizimado. A não ser que você queira, mas para dar mais do que 10%, que é o dízimo que Deus pede, você pode dar ofertas.
Você deve dar 10% da renda e se for tocado por Deus e quiser dar ofertas, naquele mês, então faça isso e receba a sua bênção. Posso dar uma oferta naquele mês de 30% da minha renda, por exemplo.
Mas saiba que oferta não invalida, nem está vinculada ao dízimo. Dízimo é obrigatório, oferta é voluntária.
– Ah, espere ai, mas se eu der 30% da minha renda como oferta, não vai para o dízimo?
Não, propriamente. Quando a Igreja pede uma oferta para comprar uma geladeira nova, ventiladores, ou qualquer outra demanda, esta oferta não deve contar da contabilidade decimal.
O dízimo é para a manutenção das contas da Igreja. Oferta, em geral é direcionada para alguma coisa fora disso.
Dê o dízimo, e se for tocado, então dê oferta. Então posso dar da minha despensa o que quiser para a Igreja ou para qualquer pessoa? É lógico que pode, mas faça tudo com oração e sabedoria.
O que você não pode é tirar da boca dos seus filhos e deixar eles passando necessidade. Muita gente ajuda muito, não dando trabalho. Há uma regra básica: se você não ajuda, pelo menos não atrapalha.
6 – E quando não der para pagar o dízimo?
Então você não dizima. Há muitos na Igreja que não dá o dízimo. Mas por não entender a Palavra, muitos acabam nas mãos de devoradores espirituais. Neste caso, apenas a intervenção divina para repreender os devoradores.
Se você estiver nesse ponto, está literalmente combatido nessa área, e não sabe como sair? Bom… A resposta bíblica, a respeito das nossas finanças é uma só: dar o dízimo. A vida financeira é uma área muito sensível.
O Diabo não quer ver crente próspero. Evidentemente, acaso Deus começar a abençoar crente para todo lado financeiramente, todo mundo vai querer ser cristão, não é verdade?
E por que tem tanta gente que sai do Evangelho? Porque não é abençoada financeiramente.
Essa é uma das áreas mais criticas, que nós pregadores e os lideres da Igreja precisamos esclarecer muito ao povo.
7 – Não espere o que Deus não prometeu
Muita gente está decepcionada com sua congregação, portanto insatisfeita com relação a contribuição decimal. Esta situação ocorre por causa de pessoas que defendem promessas que não tem respaldo bíblico.
Nós vamos para a Igreja buscar a Deus e não ao homem. Devemos nos fiar naquilo que entendemos que Deus fala conosco, a revelação pessoal, o chamado pessoal.
Deus tinha um chamado para Abraão, assim como tinha um para Davi e outro para Jeremias.
Abraão, Davi e Jeremias eram pessoas diferentes que tinham chamados diferentes. O que devemos fazer é ficar firmes no que Deus falou pra nós.
Temas Relacionado:
- Como conseguir a benção da prosperidade
- A prosperidade e o Reino de Deus (vida financeira do crente)
- A Oração do Pai Nosso é questão de fé e entrega
Se olharmos para as coisas que a Igreja faz de errado, nós não ficamos em nenhuma. Eu não concordo com muita coisa na minha denominação, mas estou lá pois sei quem me mandou estar lá.
O dia que Deus não quiser que eu fique mais lá, Ele vai me dizer, eu vou entender.
Paulo Sérgio Lários
Paulo Sérgio é Presbitero, tecnico de informática e escritor |
Você precisa fazer login para comentar.