As pessoas acham que sou o que elas vêem em mim e de mim. Como reajo a elas diz o que sou para elas. Posso ser bonito fisicamente, mas vazio interiormente.
Pode ser que o meu patrão de mais razão a chegar no horário, do que trabalhar com afinco, por exemplo. As pessoas vão “projetar”, e por isso podem se decepcionar muito comigo.
Um cunhado que quer vida mansa e só sabe pedir dinheiro emprestado, pode me achar um cara mau, ou não tão legal.
Uma esposa dócil e submissa no Senhor pode me achar o cara mais maravilhoso do mundo; uma esposa rixosa, gananciosa, egoísta, pode achar o marido o mais miserável ser ignóbil da humanidade.
As pessoas vem em mim o que elas queriam que eu fosse, mas como eu não sou o que elas queriam que eu fosse, eu as decepciono. Vamos analisar primeiramente a pessoa “Quem eu acho que sou”
Quem eu acho que sou
Texto: Isaías 6. Existem três pessoas dentro de cada um de nós: a que eu acho que sou, a que os outros acham que eu sou, e a que Deus sabe que sou.
Todos nós temos um desenho de nós mesmos. Achamos-nos: bonitos, bons, espirituais, trabalhadores, bons pais e maridos, bons amigos.
Mas apesar de sentirmos que somos tudo isso, existe também um sentimento depreciativo dentro de nós. Existe uma certa duvida se realmente somos o que pensamos que somos.
Existe uma pergunta que nos persegue: Será que estamos agradando?
Ai surge à pergunta: Quem é bom e quem é mau? O que é ser bom e o que é ser mau? Julgamos as pessoas nem tanto pelo que dizem, mas pelo que fazem.
Como um assassino que já matou dez pessoas pode ser bom. É incoerente a frase: ele já matou dez, mas é uma boa pessoa. Bom, parece ser, quem faz coisas boas.
Deve então existir parâmetros que nos indiquem quem é bonito, ou trabalhador, ou bom marido. A Bíblia é o parâmetro autorizado por Deus.
Auto-imagem deformada pelo pecado
A Auto-imagem deformada pelo pecado, que enxergamos, pode ser:
Positiva – o arrogante se supervaloriza, o que camufla seus defeitos.
Negativa – os que se autodepreciam expõem suas fraquezas
Além da impressão deturpada de nós mesmos, mas a forma determinista como vivemos com tais impressões, não só diz que eu sou assim, mas que quero que as pessoas creiam que eu sou assim.
Mas a verdade emocional libertadora nos mostra que nem mesmo a historia da qual somos produtos tem o poder de determinar em definitivo quem somos e seremos na vida. Quem me determina é Deus.
A pessoa que Deus sabe que sou
Deus nos vê de duas maneiras, a primeira é em relação ao pecado e a segunda é em relação a Jesus Cristo. Quem somos em relação ao pecado – perdidos para a salvação; inimigos do Reino, filhos do Diabo, destinados ao Inferno.
Quem somos em relação a Jesus Cristo – salvos em Cristo, servos do Reino, filhos de Deus, destinados ao Céu.
Quem poderemos chegar a ser? Sempre poderemos perguntar o que as pessoas esperam de nós. No caso do Ministério, a questão é aprender os padrões bíblicos e nos amoldar a eles. O perdão de Deus é constrangedor.
Deus nos constrange com seu perdão, com seu amor, com sua vontade de nos salvar.
Paulo Sérgio Lários
Paulo Sérgio é Presbitero, tecnico de informática e escritor |
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