Algumas duvidas teológicas muito sérias não tem satisfatoriamente sido resolvidas para comigo. Tenho muitas duvidas a respeito de sérias questões bíblicas.
Mas não tenho duvidas a respeito da Bíblia, que é a inerrante Palavra Revelada de Deus ao ser humano. Curiosamente, estava há alguns anos atrás, pesquisando o universo, estudando pela internet, sem procurar nada especifico e deparei-me com o conceito de tempo de Einstein e a sua Teoria da Relatividade.
O que me despertou a atenção, de forma gritante, pitando um enorme sinalizador, brulhento, dentro de mim, foi uma frase que li, que dizia que Einstein foi obrigado a ler os escritos de Santo Agostinho, um monge católico, um cristão, quando ele falou sobre Deus e sobre o tempo, a história e outros assuntos correlatos.
Pra mim a leitura de Santo Agostinho, no seu livro Confissões (chatíssimo enquanto fala de sua pessoa e seu tempo, mas imprescindível, quando no final, como um adendo, após falar sobre si, como quem não tem mais o que falar se mete a explicar Gênesis 1. 1 e João 1. 1.
Agostinho fala assim: O que é o tempo? Se ninguém me perguntar eu sei explicar, se alguém me perguntar, eu já não sei.
Agostinho começa cogitando o que fazia Deus antes da criação do mundo. Depois afirma que existe um eterno hoje. E ao perguntar o que é o tempo, diz que não houve tempo em que não fizemos alguma coisa, pois fazemos o tempo todo. Se nada sobreviesse, não haveria tempo futuro.
Caso nada houvesse agora, não existiria o tempo presente. De que modo existem aqueles dois tempos – o passado e o futuro -, se o passado já não existe e o futuro ainda não veio?
O conceito de tempo
“O que agora transparece é que nem há tempos futuros nem pretéritos. É impróprio afirmar que os tempos são três: pretérito, presente e futuro. Mas talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes, presente das futuras.
Existem, pois, estes três tempos na minha mente que não vejo em outra parte: lembrança presente das coisas passadas, visão presente das coisas presentes e esperança presente das coisas futuras. Se me é licito empregar tais expressões, vejo então três tempos e confesso que são três.
Já havia lido a respeito desse livro Confissões do Agostinho e já tinha ouvido alguém do seminário falando o quanto era chato o livro. Demorei um tempo para achá-lo e comprá-lo – hoje você o acha na internet de modo fácil. O cap. 11 fala sobre o tempo.
Temas Relacionados:
- Administrando o tempo diante de Deus
- Salmos 91, um manual para compreender o tempo de Deus
- As quatro linhas da ação de Deus
No meu livro, o cap 11 está claramente marcado como lido e relido, conquanto o restante, antes e depois estão intactos, novinhos. Esse conceito do que é o tempo é algo muito importante. Eu volto a falar sobre o assunto e sobre Santo Agostinho.
Paulo Sérgio Lários
Paulo Sérgio é Presbitero, tecnico de informática e escritor |
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