Ao lermos o Antigo Testamento tomamos conhecimento que existe uma Guerra Espiritual. Porém, não entendemos o seu alcance antes de chegar ao Novo Testamento.

Aqui e ali temos vislumbres do que acontece, mas só ao começarmos a ler os Evangelhos e posteriormente o restante dos livros do Novo Testamento é que entendemos melhor sobre a guerra espiritual.

Jesus escolheu Doze Apóstolos, conhecidos como os Apóstolos do Cordeiro, e o Espírito Santo escolheu um Apóstolo, conhecido como o apóstolo dos Gentios: Paulo de Tarso.

O zelo, busca e dedicação constante de Paulo às coisas do Espírito lhe permitiu entender muitas coisas que ele acabou registrando em suas cartas. 

O texto em Efésios 6. 10-12 que revela que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os poderes organizados das trevas.

“Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”.

Jesus iniciou seu ministério ensinando a Palavra, curando o homem e expulsando demônios. Aprendemos com Jesus que muitas curas físicas ocorreram quando Jesus expulsou demônios, o que implica então que o problema era de ordem espiritual.

Ninguém mais do que Jesus tinha autoridade suficiente para explicar em Mateus 12. 43-45, que quando um espírito maligno é expulso do homem, fica vagando pelo mundo e não encontrando repouso resolve voltar ao homem de onde foi expulso. 

Porém, agora com reforço de mais outros sete espíritos piores do que ele e no fim esse homem acaba ficando num estado pior do que antes.

Jesus ensinou sobre o reino espiritual

Essa fala de Jesus é um ensinamento que enfoca a sua geração, que o rejeitou e que ele chamou de geração má. Mas além de trazer um ensino a respeito da geração que o desprezava, nosso Capitão, acaba nos ensinando a respeito do reino espiritual e dessa batalha onde estamos inseridos.

Nós estamos numa guerra espiritual onde precisamos das armas da Graça para vencer.

No Antigo Testamento as pessoas não tinham idéia dessa guerra espiritual. Assim como as pessoas não cristãs não tem idéia disso e portanto quer queiram ou não, estão à mercê dos poderes das trevas. 

Apesar de que havia muito entendimento espiritual no Antigo Testamento, faltava ainda uma percepção melhor para entender o assunto.

Aprendemos com as teorias do trabalho e com a psicologia, o que é útil e o que é inútil. Muitos não sabem diferenciar o que é útil do que é inútil. Fazer a coisa certa, porém na hora errada pode ser inútil. Tudo tem a sua hora para acontecer.

Há quem faça o que é inútil, em detrimento do que é útil. Um exemplo é a exposição de certos temas que não venha de encontro com a nossa realidade, ou seja; não é oportuno.

Por maior interesse que possa causar a abordagem da guerra espiritual, não podemos pregar isso num culto evangelístico. O foco do culto é outro, ganhar almas para Cristo. 

A armadura de Deus

A Igreja Primitiva nos deixou o seu legado. Deus nos deu o entendimento do Novo Testamento, que são entendimentos legais, jurídicos, além de espirituais. Deus permite que tenhamos um entendimento de algo espiritual, usando termos jurídicos de fácil aprendizado.

E se há um Novo Testamento, fez-se obsoleto o Antigo, como era de se esperar. Parece-nos inútil então a pregação do Antigo Testamento, sendo que existe um Novo Testamento. A não ser que o Antigo Testamento seja agora pregado debaixo do entendimento do que diz o Novo.

guerra espiritual

Juridicamente falando, houve a feitura de um Novo Testamento. O que prova que mudaram os herdeiros e a herança passou para outras mãos. Entre outras, algumas palavras a respeito das Leis do Testamento nos chamam a atenção, como invalidade, ineficácia e caducidade.

Se houve a preocupação de se fazer um Novo Testamento, isso indica que o anterior ficou invalido, ineficaz e caducou. Não valendo mais em sua totalidade.

Mas é claro que a Bíblia tem a cada capítulo ensinos importantíssimos. A questão não é desprezar todo o Antigo Testamento, mas entender que o Antigo Testamento precisa ser revisto sobre a luz do Novo Testamento.

Entre outras coisas precisamos entender e pregar o Antigo Testamento sem omitir o que diz o Novo a respeito de tal ou qual assunto.

O correto, se é que entendemos direito o Novo Testamento, é ensinar o Velho conforme o Novo, o que implica mostrar a Cristo nas passagens do Velho assim como mostrar que no Antigo faltava aos seus personagens uma melhor compreensão das coisas espirituais.

As armas da guerra espiritual

Uma compreensão que lhes faltava era a da guerra espiritual, que é a mesma falha das pessoas não cristãs, que no nosso linguajar são as pessoas do mundo.

A mesma deficiência de igrejas que pregam maciçamente o Antigo Testamento, sem a luz do Novo. Fazemos coisas inúteis, em detrimento de fazer as coisas úteis, relevantes aos problemas por nós enfrentados.

O ponto que quero chegar nessa fala é que precisamos buscar as armas da Graça, para vencermos. Estamos numa guerra espiritual e só a venceremos usando as armas espirituais.

Todos devemos aceitar a Jesus e aprender a andar com Ele. Devemos nos esforçarmos para ser um verdadeiro cristão, segundo os ensinos da Bíblia, debaixo da autoridade de um pastorado ungido por Deus.

Aceitar a Jesus é a porta de entrada principal para esse ministério, mas não é tudo. Precisamos agora buscar a Deus em oração, aprendizado da Palavra. Seguir a busca da santidade e entendimento espiritual.

A aceitação do Evangelho, ou entrada na Graça, nos leva a concluir que é suficiente para refrear as potestades espirituais das trevas, mas não fazer nada acarretará que elas irão voltar com reforços.

A principal arma na guerra espiritual

O Novo Testamento nos dá expectativas de libertação mais aprimoradas que não existiam no Antigo Testamento. Não entendíamos, por exemplo, que a oração era uma das armas principais nessa guerra espiritual. 

Agora na luz do Novo Testamento entendemos que todo problema é possível que tenha uma causa espiritual. Portanto, quando nos deparamos com um problema, devemos orar, jejuar, repreender, se esforçar em ter santidade. Esses esforços não passam desapercebidos por Deus.

Na prática, alguém desempregado deve orar e buscar a Deus até que obtenha a vitória. Alguém doente deve pedir a cura até alcança-la. Mas atenção!

Não quero dizer com isto que devamos deixar de buscar o auxilio médico. Todos devemos buscar o entendimento bíblico e procurar compreender as circunstâncias.

A Bíblia causa-nos muita expectativas, a maior parte delas registrada no livro de Salmos. Estas expectativas compreende desde prosperidade material até ter uma família abençoada e longeva.

Igualmente, está no nosso radar a cura física de alguma moléstia, crescimento espiritual, de manifestação de dons, entre outras promessas.

Depois de certo tempo na igreja, nos decepcionamos em não ficar na presença de Deus, conforme gostaríamos, em santidade, que quer dizer separação para Deus. Passamos até meses sem orar corretamente.

A insensibilidade espiritual nos afasta da igreja, o que nos enfraquece mais ainda.

É necessário entender que se há pecados, então estamos mais expostos ainda a ataque espiritual. Com o tempo nós entendemos que enfrentando guerra espiritual, nós não devemos parar de buscar a Deus, mas devemos buscar-lo ainda mais. 

Se o cristão é enrolado pelo Diabo de alguma maneira e cai da graça, ele deve analisar onde falhou, o que permitiu que o diabo o tocasse. Aprendido a lição e devidamente aplicada, o Diabo não o tocará mais e nem terá oportunidade sobre ele.

Nossos inimigos são espirituais

Conforme Paulo diz, a nossa luta não é contra a carne e o sangue. Não é material, e nem são os homens os nossos inimigos, antes são as forças das trevas, os demônios, que podem usar homens para nos atacar.  

Quando Jesus ensinou que as portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja, o ensino diz que não são as portas que vem para cima da igreja. É a Igreja que está atacando a fortaleza inimiga e as portas da fortaleza inimiga não resistirão com o avanço dos santos.

Nós lemos como se portas fossem armas e nos atacassem, mas não o são. A referência de Jesus são de portas, ou portões de uma fortaleza atacada pela igreja. Essas portas, ou portões, não resistirão com o nosso ataque, nós vamos vencer.

Quando o problema chega, nós oramos até obtermos a vitória. Quando atacados pelo Diabo devemos resistir em oração, leitura da palavra, e intensificar a nossa ida aos cultos.

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Não devemos esmorecer se estamos fazendo certo e acabamos desempregados, ou doentes, ou perseguidos, ou perdemos algum benefício, como a TV a cabo, ou a queima da máquina de lavar.

Havendo qualquer circunstância adversa devemos buscar a Deus imediatamente. Intensificando a nossa busca, para obtermos a vitória o quanto antes. A vitória é garantida ao que se esforça.

Conte aqui para nós a sua opinião sobre guerra espiritual. Qual a sua experiência a respeito deste assunto?

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Categories: Vida Crista

Juraci Rocha

Juraci Rocha é o editor do site Filhos de Ezequiel. Os escritos de Juraci Rocha são informativos, envolventes, divertidos e desafiadores. É instrutivo ler seus estudos e conhecer seus pontos de vista práticos e profundos sobre o tecido da fé cristã.

Definição de guerra espiritual

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