A prática do proselitismo religioso vem de muitos anos. Desde a época bíblica que se pratica o facciosismo. Mas, o que vem a ser o proselitismo, ou o por que de sua prática nas religiões cristãs?
A definição de proselitismo é a prática ou a divulgação, a insistência que alguém faz em incutir na cabeça das pessoas um dogma, ou crença a um sistema religioso, mesmo contra a vontade de outrem.
A sua prática se deve ao intento de se manipular os fracos, ou desinformados religiosamente de determinada igreja ou denominação.
Neste estudo não vamos citar nomes de denominações que praticam o proselitismo religioso. Por mais que alguém não enxergue isso na sua igreja ou denominação, mesmo assim, ocorre de forma sorrateira.
Aliás, todas as religiões praticam o faccionismo, desde a menos visível até a mais popular. Há sim, a manifestação dessa prática abusiva.
A mulher samaritana
Voltando um pouco ou analisando o texto de João 4. 1-24; quando Jesus se encontra com a mulher samaritana no poço de Jacó, logo ela se diferencia de Jesus e Ele dela.
Um judeu não podia se comunicar com os samaritanos. Ora, Jesus trava com ela um diálogo, pedindo lhe água, o que seria um insulto à religião judaica.
Ela também demonstra a sua posição prosélita, dizendo: “nossos pais adoraram aqui neste monte (Gerizim) e os vossos pais dizem que o lugar onde se deve adorar é em Jerusalém”.
Naquela época já existia a prática do proselitismo religioso, onde as pessoas não respeitavam as diferenças religiosas, algo que nunca foi bom para as pessoas.
A prática do proselitismo religioso é imoral e indecente do ponto de vista da verdadeira religião, porque as pessoas conseguem se separar do verdadeiro amor que há em Deus.
Analisando os fatos dessa prática entre os cristãos, é inadmissível alguém afirmar que ama a Deus, mas não conseguem entender ou ser tolerante com a posição religiosa de seu semelhante.
O pior disso é a prática do proselitismo religioso dentro da própria religião, quando há alguns que conseguem separar os seguidores de sua própria religião.
Como se Deus os tenha ordenado a agir assim, é o que temos visto nos dias hodiernos.
Quanto a liberdade religiosa, ela está inserida na vontade do ser humano. Ninguém pode impedir de qualquer pessoa escolher onde e com quem congregar.
A não aceitação é um crime e um abuso de poder de quem pratica tais fatos, mas alguns pastores ou líderes religiosos até mesmo ameaçam pessoas que queiram mudar de religião ou de igreja.
Com a posição prosélita afirmando coisas absurdas, ou incutindo fatos que jamais devem acontecer se configurando o proselitismo religioso.
Proselitismo religioso no mesmo ministério
A igreja ou denominação é o lugar mais importante para as pessoas ter uma comunhão plena entre Jesus Cristo e seus pares.
Mas, parece que alguns perderam ou não sabem discernir o sentido verdadeiro da religião cristã, que é de levar uns aos outros o verdadeiro amor de Deus.
a falta de prática dessa virtude se configura algo ruim diante do Senhor. Logo que acontece isso, as pessoas se tornam menos estáveis no sentido da prática cristã.
Há igrejas e ministérios que portam o mesmo nome denominacional, mas praticam o proselitismo religioso, com o intuito de separar os seus pares.
Não vamos citar nomes, mas perto de nós há diversas que conseguem se manter separadas ou fazem lavagem cerebral de que a sua igreja ou ministério têm a exclusividade divina.
Evidente que isso é algo intolerável do ponto de vista da ética cristã e do amor de Jesus Cristo. 1 Jo 4. 20; 2. 9-10
Proselitismo religioso entre denominações
Essa prática é mesquinha e intolerável. Conquanto, haja ministérios que praticam isso de forma corriqueira, qualquer ministro de outras igrejas ou co-irmãs, não são bem-vindos.
Isso é lamentável, pois humanamente falando não tem nenhuma importância, porque o papel da Igreja de Cristo é “anunciar as virtudes do Senhor e levar a Igreja (Corpo de Cristo a edificação)”- Ef 4. 11-12.
Deus não deu carta de procuração a nenhuma igreja ou ministério. O mesmo espírito de divisão da época de Cristo permeia no contexto da Igreja hodierna.
Todavia, Deus não deu carta de procuração e nem de exclusividade à igrejas ou ministérios. Ninguém tem o direito de discriminar ou separar o verdadeiro sentido do servir a Deus.
Há algumas igrejas e ministérios que praticam o proselitismo religioso com tal posição, que chegam a afirmar que se não for de lá não servem.
Então, discriminam as pessoas de forma criminosa. Elas praticam o crime de discriminação sem nenhum respeito e sem temer as consequências.
Discriminação e partidarismo também é… Declarar-se de Pedro, Paulo, João ou Apolo, nunca de Cristo!
A verdadeira igreja é justamente aquela que tem os marcos de Cristo. Ela não discrimina, não persegue, não separa, e nem trata os irmãos sem amor e respeito cristão. É tanto que, o próprio Cristo disse: “Pai, Eu quero que eles sejam um como eu sou contigo”.
Isso fala da unidade cristã. Enquanto não houver isso em algumas igrejas e ministérios, veremos as facções dentro da mesma destruindo o verdadeiro sentido cristão. Deus exige a unidade.
A verdadeira igreja compreende isso sem fazer qualquer objeção. Quem não aceita a união, o amor e nem pretende compreender isso, não entrará no reino de Deus.
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Deus exige é que, não sejamos cristãos só de aparência, mas pratiquemos o que Ele disse. Que tenhamos paz uns com os outros, porque quem a pratica será santificado e terá o passaporte para entrar no céu.
A prática do proselitismo religioso impedem os homens de ter um verdadeiro encontro com Deus, porque não tem nenhum sentido à vida cristã.
José Roberto de Melo
Pr. José Roberto de Melo é Bacharel em Teologia, Professor, Escritor e Graduado em Direito |
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